Transcorrendo hoje, por uma sala
dessas bastante movimentadas, deparei-me com uma TV ligada representando o
cume do menosprezo. Todos estavam concentrados em seus phone e Smartphone,
como que empenhados numa difícil tarefa de ignorar as vozes e imagens constantemente
lançadas por um arqui-inimigo maquinário ávido por atenção. Teria o seu
fabricante, quando de sua fabricação, imaginado que estivesse produzindo a
fonte do desprezo?
É nesse contexto que a tevê vem
sendo substituída pela nova forma de desespero - a internet da mendigação. Uma
grande revolução dos “cavalheiros gentis” fartos pela atenção que davam numa relação
sem reciprocidade (de homem versus máquina), cujo fim não levou a lugar algum. Os
choros, risos e as raivas agora são compartilhados e analisados por indivíduos monossilábicos
próximos (porem distantes), cujo objetivo resume-se em aprovar ou desaprovar os
fatos – curtir ou não curtir.
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